Aprenda a gerar vantagens competitivas e implantar uma gestão do conhecimento com menos barreiras por parte dos colaboradores; confira as dicas 

Um estudo da Technology & Services Industry Association mostrou que entre 20% e 30% dos empresários consultados acreditam poder ampliar em 40% a produtividade dos seus negócios com uma gestão do conhecimento adequada. Neste artigo, vamos mostrar as vantagens de aplicar recursos nesta prática e algumas dicas para tornar esta mudança de cultura ainda mais efetiva. 

Como mostramos neste artigo, a gestão do conhecimento se refere a processos no qual as organizações visam identificar e analisar os conhecimentos já existentes na corporação e quais seriam necessários e desejáveis para o seu desenvolvimento futuro. 

As vantagens percebidas pelos negócios vão além do aumento da produtividade (universidades corporativas geram incremento de 218%), mas em uma gestão mais estratégica, mais facilidade para inovar, compreensão das lacunas de recursos humanos e necessidades de admissões, entre outras. 

Confira alguns benefícios que o aporte de recursos inteligentes neste setor costuma gerar para as empresas: 

– Criação de vantagem competitiva 

Em um mundo globalizado e competitivo, conseguir obter vantagens em relação aos concorrentes é um grande diferencial. Com processos mais eficientes e o capital humano atuando de forma assertiva, é possível gerar mais inteligência em inúmeras atividades internas, que se revertem em benefícios práticos: redução de custos, mais agilidade, clientes mais satisfeitos, melhoria de logística, entre outras possibilidades. 

– Time coeso 

Um dos grandes temores das empresas é ficar refém do conhecimento de um colaborador ou de um grupo deles. Neste contexto, a gestão do conhecimento permite que a empresa possa transferir e nivelar informações, sobretudo em áreas consideradas estratégicas. 

Dessa forma, a empresa não fica desassistida em períodos de férias ou ausência dessas pessoas (inclusive licenças médicas), assim como em eventuais saídas, evitando dependências em processos ou tarefas. É a garantia de que o conhecimento foi integrado à empresa e não por apenas uma pessoa ou grupo. 

– Enriquecimento do capital humano 

Apesar do foco que se dá à tecnologia, é o capital humano que efetivamente diferencia as empresas. Com mais conhecimento, as pessoas podem ser inovadoras, desenvolvendo competências e habilidades não encontradas em concorrentes. Nesse sentido, a gestão do conhecimento auxilia na mescla de cursos e de conhecimentos que possam transformar pessoas – e, consequentemente, as companhias. 

Isso é possível não só com cursos, mas com troca de experiências, com a junção de conhecimentos distintos de várias áreas em prol de uma solução comum. As práticas de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) entendem os colaboradores como sócios do negócio, valorizando a sua capacitação e desenvolvimento pessoal. 

Dicas para tornar essas vantagens competitivas em realidade 

Neste artigo, mostramos como deve ser feita a implantação da gestão do conhecimento nas corporações. Mas há algumas dicas importantes que podem auxiliar neste processo: 

– “Influenciadores” são importantes – Em muitas empresas, a principal barreira relacionada à gestão do conhecimento não é o investimento, mas o aspecto comportamental. Muitas pessoas não “compram” a ideia de melhoria dos processos ou necessidade constante de desenvolvimento. 

A comunicação interna é fundamental nesta etapa, mas contar com o suporte das pessoas certas – os chamados influenciadores – pode quebrar parte da resistência. Nem sempre eles estão em cargos de chefia: é preciso observar quem são essas pessoas e como podem contribuir. 

– Os colaboradores devem ser parte do processo – É claro que as melhorias em gestão do conhecimento costumam vir de cima para baixo na hierarquia empresarial. Porém, são os colaboradores que vivem as dificuldades no dia a dia dos negócios. 

O planejamento deve considerar suas opiniões em relação à implantação e o que precisa, de fato, ser melhorado. Essa participação das pessoas auxilia, aliás, na redução de eventuais barreiras por parte dos colaboradores. 

– Não limite o conhecimento – Embora a direção possa sugerir cursos e capacitações necessárias para cada área, não limite a evolução dos colaboradores. A troca de experiências entre pessoas de perfis e áreas diferentes pode levar a soluções que, por vezes, não são percebidas por aqueles que estão imersos em processos. Uma boa ideia é criar grupos focados em determinados tópicos ou objetivos comuns. 

– Respeite os ritmos – A empresa tem uma expectativa com o investimento, mas nem sempre os benefícios serão percebidos no ritmo esperado. Em muitos casos, o retorno chega mais rápido; em outros, pode levar mais tempo. O importante é monitorar os indicadores e perceber se a gestão do conhecimento está avançando. Se houver necessidade, essas métricas vão orientar os locais nos quais é preciso melhorar. Não se pode esquecer, porém, que as pessoas têm os seus próprios ritmos de aprendizado. 

– Cuide com a gestão dos documentos – Manuais ou guias devem estar organizados de forma lógica e de fácil acesso para os colaboradores. Estabeleça processos simples e intuitivos para gerir essas informações. 

Parece simples, mas a atenção a esses detalhes, em especial no envolvimento do time nesta área, contribui para uma aceitação melhor das mudanças.