Promover ações voltadas à gestão do conhecimento baseada no desenvolvimento de competências é uma preocupação cada vez mais comum em empresas. Uma das razões é que, uma vida longa e o crescimento dos negócios, estão diretamente relacionados a percepção de colaboradores como um diferencial competitivo no mercado.
As trilhas de aprendizagem constituem uma ferramenta eficaz de gestão do conhecimento nas organizações, estimulando e potencializando o desempenho de competências que são estratégicas para os negócios da empresa.
Mas, afinal, o que é uma trilha de aprendizagem?
A trilha de aprendizagem é composta de uma série de conteúdos e atividades elaboradas para desenvolver conhecimentos e habilidades.
Vários recursos podem ser utilizados, como videoaulas, podcasts, aulas presenciais e/ou on-line, avaliações, workshops, webinars, seminários, gamificação, entre outros.
No caso da educação corporativa, visa associar as necessidades da empresa às metas e anseios de qualificação e crescimento profissional de seus colaboradores.
A teoria (conhecimento adquirido) e a execução (prática do que foi aprendido) caminham juntas, de forma contínua e metódica. Ao longo do processo de treinamento já será possível observar resultados por meio de atitudes e aplicação de habilidades.
Como funciona uma trilha de aprendizagem?
Para gerar novos conhecimentos e potencializar o uso de competências já identificadas nos colaboradores, e correspondentes às expectativas da empresa, é preciso planejar e oferecer uma experiência de aprendizagem.
Nessa jornada o colaborador deve ser o astro principal, sem que o foco desvie dos objetivos pretendidos para os negócios.
O uso de tecnologias é indispensável, dado que o cenário atual é de um mundo conectado. Além de proporcionar um ar de entretenimento à trilha de aprendizagem, fugindo do padrão convencional de educação corporativa, recursos tecnológicos como os de uma plataforma de treinamento para hospedagem de cursos corporativos on-line, permitem que empresas acompanhem e gerenciem resultados em tempo real.
É possível, por exemplo, saber quais setores estão mais ou menos engajados, quais alcançaram os melhores desempenhos, tarefas que foram concluídas ou abandonadas.
A verificação constante de dados permite a tomada de ações, como melhorar o material de uma parte da trilha de aprendizagem que esteja gerando dúvidas ou apresenta um nível de dificuldade maior para o entendimento dos colaboradores.
Veja também: Gestão de pessoas: o passo a passo para um plano de carreira
Tipos de trilhas de aprendizagem
Basicamente dois tipos de trilhas de aprendizagem podem ser aplicados para a gestão do conhecimento nas organizações:
Trilha de Aprendizagem Linear: O conteúdo é apresentado para os colaboradores em uma sequência. Daí o nome linear.
Para ter acesso às tarefas seguintes, os colaboradores precisam cumprir as anteriores. Assim, se a trilha de aprendizagem inicia com duas videoaulas, a leitura de um artigo e avaliação sobre estes conteúdos, por exemplo, será necessário concluir todas as atividades para conseguir liberação para um próximo nível. A conclusão da trilha ocorrerá quando concluir todas as tarefas.
Trilha de Aprendizagem Agrupada: Neste modelo, um grupo de atividades com diversas tarefas é disponibilizado para os colaboradores. Eles poderão escolher quais atividades desejam realizar. A conclusão será determinada pela execução de um número mínimo de tarefas.
Por exemplo, assistir “x” videoaulas, ouvir e comentar sobre “x” podcasts, e assim por diante.
Confira oito benefícios das trilhas de aprendizagem:
- -Aumento da produtividade (tarefas executadas mais rápido e com mais qualidade)
- -Engajamento;
- -Aprendizagem contínua;
- -Autonomia;
- -Autodesenvolvimento;
- -Geração de múltiplas competências;
- -Maior assimilação e melhor aprendizado;
- -Nivelamento de conhecimentos.
Como planejar uma trilha de aprendizagem de sucesso?
Alguns fatores devem ser considerados ainda no planejamento de uma trilha de aprendizagem:
Compartilhe poder de decisão com os colaboradores:
É importante que a educação corporativa considere algumas preferências dos colaboradores.
Isso pode ser feito tornando determinados conteúdos ou atividades de aprendizagem obrigatórias, e deixando outras para serem escolhidas por eles.
A flexibilidade dá ao colaborador a sensação de que está no controle da sua educação corporativa, aumenta a autoconfiança e o engajamento.
Experiência de aprendizagem:
O planejamento da trilha de aprendizagem deve englobar quais experiências serão oferecidas aos colaboradores para que absorvam e incorporem, de verdade, o que aprenderam.
É preciso levar em conta as experiências que serão proporcionadas desde antes do início da trilha até após a conclusão dela.
Sempre avalie os resultados obtidos com trilhas de aprendizagem mirando melhorias para treinamentos futuros.
Diversifique os recursos de aprendizagem:
Como já citado neste artigo, é essencial dispor de diferentes recursos para aplicação de educação corporativa.
A trilha de aprendizagem pode conter recursos tecnológicos, como webinars e games, combinados com cursos presenciais, mentorias, fóruns, participação em projetos, e tudo mais que a criatividade da gestão do conhecimento traçar como meta para a aquisição e desenvolvimento de competências.
A importância de promover um mix de recursos tem embasamento, pois os percentuais de assimilação de conhecimentos variam de uma ferramenta para outra.
Como as pessoas absorvem conhecimento:
95% ensinando;
80% executando atividades práticas;
70% por meio de debates;
50% videoaulas e palestras;
20% ouvindo áudios.
Conheça seu público:
Antes de criar uma trilha de aprendizagem faça um estudo sobre seu público.
Lembre-se:
As competências desejadas pela empresa precisam estar alinhadas aos objetivos dos colaboradores.
Crie uma sequência contínua com diferentes níveis de dificuldade:
Elabore trilhas de aprendizagem com diferentes níveis de importância e dificuldade.
Observe habilidades cognitivas:
Ao misturar teoria e prática considere capacidades cognitivas e habilidades no desempenho do planejamento e execução de tarefas, como:
- Resolução de problemas;
- Tomada de decisões;
- Atenção (foco);
- Raciocínio;
- Lógica;
- Memória e linguagem.